sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar"



Neste jogo de assuntos menores (ou que parecem menores), como a avaliação de professores, aumentos salariais... e em caças às bruxas (aos professores, aos médicos, aos juízes - sabe Deus quem será a classe/bode espiatório seguinte), fomos esquecendo a discussão daquilo que mais importa: se estamos mal, porquê e o que fazer para melhorar?

Até ao momento, temos aliviado a consciência com a distribuição/afastamento das culpas e responsabilidades. Ao aproximar-se a posta em vigor do acordo entre os sindicatos e o governo sobre a avaliação e o estatuto da carreira docente, estive tentado a mudar o nome do blog, mas os insultos não tendem a deixar de ser um vício (nalguns casos, cantos de cisne, antes do desfecho fúnebre do próprio cisne).

O título deste desabafo não parece muito pertinente para o conteúdo, até ao momento. Na realidade, algumas notícias e estudos dão-nos um merecido estalo na cara, que nos acorda das referidas questões menores, para a realidade e para as reais prioridades. Independentemente dos nossos problemas e agressões externas, temos que nos manter focados na nossa função, desdobrando-nos para sermos instrutores, educadores, psicólogos amadores, assistentes sociais de primeira linha.

A realidade que me esmurrou esta semana foi um estudo, encomendado pelo governo espanhol (que não perde tempo e energia a agredir professores), a especialistas em educação. O resultado está presente num excelente artigo que reflecte não só a crise de autoridade familiar, mas também a da própria escola, em que todos interferem, mesmo sem interesse directo que não seja o de se fazer ver.

Deixo-vos a ligação: basta carregar aqui.