sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ano Novo, mais chatices... ou não!



Eis que começa um novo ano escolar, cheio de optimismos e receios, espectativas e anseios. O cenário não é muito diferente entre alunos e professores, apenas o controlo de emoções os distingue.

Como serão os colegas este ano, e as modas, e os profes/alunos?...

De há uns tempos para cá, os professores têm mais algumas razões para apreensão: relatórios adicionais, grelhas, reuniões obrigatórias (por contraste com as necessárias/úteis)...

A estas preocupações, temos ainda, que acrescentar as economicistas. As turmas vão crescer para podermos pagar mais subsídios de desemprego a professores, a atribuição de professores bibliotecários foi restringida, porque a biblioteca já não parece uma prioridade tão grande, as preocupações pedagógicas de sucesso só são válidas se não se gastar dinheiro.
Abstactamente, não posso dizer nada das preocupações económicas do meu país, que está solidário com a crise económica mundial. Se começar a preocupar-me mais um pouco, descubro que nós até fizemos uma ponte entre duas crises económicas com uma "tanga" e conseguimos manter-nos em crise desde 1995. De certeza que entretanto estávamos a ser solidários com alguma crise, nem que fosse de uma aldeia do Burundi.
O que eu não entendo é que tenhamos a vontade solidária e tenhamos que fingir estar preocupados com a economia portuguesa, que nunca existiu. Nós só nos safámos com as descobertas (descobrimos o ouro do Novo Mundo e os subsídios da Velha Europa, 500 anos depois). Se tudo correr bem, lá para 2486 vamos ter uma nova folga financeira...
Entretanto, o que nos distrai são as aulas, as óptimas relações com os alunos, os intervalos entre as novidades do ministério e uns convívios entre amigos. Deixem-me trabalhar!